segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Vender ou comprar artigos usados é uma tendência com potencial bilionário

Vender ou comprar artigos usados é uma tendência com potencial bilionário Germano Rorato/Agencia RBS

A figura da pessoa que está sempre procurando comercializar algo já foi mal vista pela sociedade, relacionada até a algumas nacionalidades. Hoje, porém, o estigma não é mais negativo. Nas redes sociais e na internet, grupos e sites de revenda de objetos de segunda mão se multiplicam, e o número de participantes é cada vez maior.  Só que o potencial desse novo mercado não está nem perto de ser atingido. Conforme dados de uma pesquisa feita pelo Ibope, 56 milhões de brasileiros têm coisas comercializáveis em casa e, se isso tudo fosse vendido, movimentaria R$ 105 bilhões. Muitos compram e se arrependem, às vezes não tem como trocar na loja, e desapegam. No grupo tem gente que vende o que não gosta mais ou não serve, o que usam uma ou duas vezes e vendem as peças novinhas ou até trocam. Tem gente que tem loja virtual e anuncia ali, mas aí o preço tem de ser barato também _ diz Mara Bortolini, dona de casa que administra, com a filha, o grupo Desapegos Santa Maria RS, com 30 mil membros no Facebook.   As duas criaram a página depois que a que já existia com o nome quase igual foi extinta. Como costumavam comprar e vender roupas, tomaram a iniciativa. Mas há outros locais para revender objetos usados na internet. Os classificados da OLX, empresa que encomendou a pesquisa acima ao Ibope, também está crescendo. Eles estimam que apenas 10% do potencial do mercado do desapego esteja sendo colocado em prática.  É a economia do compartilhamento. Tenho uma coisa que não está sendo mais eficiente para mim, vendo. E uso a estrutura de mercado. Vejo com bons olhos. Está surgindo um grande mercado, que é promissor, mas pode precisar, mais dia, menos dia, é a regulamentação. Tem muitas coisas que o mercado resolve, mas nem tudo. Pode acabar acontecendo injustiças _ pondera o economista Alexandre Reis.  Para quem vai vender, é bom ter em mente que normalmente não será possível recuperar boa parte do valor investido naquele bem, por mais novo que esteja. Por isso, é importante evitar as compras por impulso, o que é um problema para 53% dos moradores de capitais, conforme pesquisa do SPC Brasil. Assim, o que deve motivar a venda é que, se o objeto não está mais sendo usado, não há por que guardá-lo. E se o a venda resultar em um retorno de pelo menos 10% do valo de compra já é suficiente.
                                          


Nenhum comentário:

Postar um comentário